Este é um Blog educacional, dedicado a discussões acadêmicas sobre a Ecologia Evolutiva. Contém chamadas específicas relacionadas às disciplinas de Ecologia da Universidade Federal de Ouro Preto, e textos didáticos gerais.
Prezados alunos,
No final da aula de ontem ficamos sem explicar o que quero dos artigos.
São 3 textos que devem ser lidos na seguinte ordem:
1 - O texto do Huxley sobre Darwin
2 - A introdução do Pianka do livro Ecologia Evolutiva
3 - Os 2 capítulos iniciais do Gene Egoísta ("para que são as pessoas" e "os replicadores")
Na aula que vem vou sortear grupos de 3 alunos para apresentarem os textos ao acaso, e gostaria de uma análise crítica dos seguintes aspectos:
- Como se relaciona o re-aproximação da Ecologia e da Evolução do ponto de vista da teoria darwiniana?
- Em que aspectos a visão de Richards Dawkins transcendem e em quais corroboram o Darwininsmo clássico?
A atividade será pontuada. Parece um pouco puxada, mas eu garanto que precisamos de fazer um esforço tempestivo de leitura logo no início para a disciplina funcionar, ok?
Boa leitura, qualquer dúvidas podem postar comentários aqui e eu publico para darmos sequência para todos. Se tiverem tímidos, me mandem dúvidas no email do ICEB e depois eu reformulo e posto aqui. Só não vou responder de sábado de tarde a segunda na hora do almoço, pois estarei a campo.
Abraços
Sérvio
A história resumida da criação do Programa Biomas e minha despedida da coordenação
Primeiro, não foi fácil, e não era para ser. Mesmo assim, agradeço a todos e cada um que tiveram o entendimento desta dificuldade, compreensão dos erros, e reconhecimento do esforço. Ainda assim, ter concebido, construído os apoios para viabilizar e finalmente ver o programa aprovado lá em 2006, foi um dos momentos mais gratificantes da minha carreira na UFOP. Assim, peço perdão por este tom tão pessoal e um eventual ar de “pai da noiva”, ao deixar o programa seguir seu caminho e evolução.
Para os que não conheceram a história do Biomas, ele nasceu de um projeto piloto de treinamento em pesquisa em dossel, de 2002. Eu tive o privilégio de coordenar um programa com a UNICAMP (Flávio Maes dos Santos) e UESC (Talita Fontoura) para criar um piloto do curso de campo de treinamento de pesquisas em dossel, em colaboração com a “Global Canopy Programme” e Financiado pelo Ministério das Relações Exteriores da Inglaterra. Este programa tinha uma verba vultosa, que era vastamente entregue no primeiro ano, e ia minguando até um terceiro ano bem magro. A lógica era te dar todo poder político de divulgação, visibilidade, etc., no início, e te forçar a buscar sustentabilidade para a continuidade do programa. Era um financiamento que tinha o objetivo exclusivo de estimular iniciativas perenes de educação e pesquisa em países em desenvolvimento.
O programa trazia um inglês a cada ano, e tivemos o grande apoio do Roger Kitiching e do Jonathan Majer ao longo do caminho, e vários convidados da UFMG, UFV, UNICAMP, UFLA, UESC, que conheceram nosso potencial e nos deram todo apoio e reconhecimento para lançar uma proposta de mestrado. Fizemos um curso em 2003 no Rio Doce, 2 workshops internacionais em 2004 e 2005, outra edição de curso em 2005 na Bahia-Reserva do Teimoso- e 2006 a última edição no Itacolomi, já no formato bem parecido com o que é hoje a disciplina de campo do mestrado em agregação com a disciplina Evolução Arbórea). É interessante que neste último piloto, fizemos uma bela e interessante mostra da pesquisa de dossel nas ruas de Ouro Preto, com alunos do Marília de Dirceu, e hoje temos a solidariedade como um ponto forte do nosso programa, pelas mãos de Hilde, Maria Rita e outros.
Desta experiência foi-se amarrando com os professores da casa que colaboraram com os cursos e outros que tinham forte interface com a Ecologia, e montamos uma proposta de mestrado profundamente interdisciplinar, pautada na colaboração da Geologia, Física e Ciências da Computação. Com uma enorme e imprescindível ajuda e orientação da PROPP, o programa foi aprovado no CEPE em 16 de março de 2006 como “Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Biologia Evolutiva de Biomas Tropicais”. No mesmo ano foi aprovada sua abertura pela CAPES e sua estrutura básica de Colegiado montada em fevereiro - março de 2007, para uma primeira seleção no meio daquele ano.
A parte deste caminho em pavimentação é que importa agora.
Temos um curso de campo que vai para o segundo ano, associando projetos de limnologia com dossel, campo com mata, e também UFOP-AFAC, UFOP-UNIMONTES. Temos a satisfação de ser um curso nota 3 ajudando e repassando “know-how” de treinamento a outros dois programas, e um deles amazônico!
Temos como produto dos acordos para usufruto dos recursos do CT-Infra, a garantia da construção de duas casas de vegetação totalmente equipadas, e previstas para este ano. Temos acoplado a este projeto, um acordo para criar uma identidade física e institucional para a graduação de Ciências Biológicas, prevendo um pátio fechado com outras facilidades nos entornos desta casa de vegetação (também previstos no orçamento deste ano). Esta estrutura foi garantida diretamente pela Reitoria e discutida em uma série de reuniões com o Prof. João Luiz, que viabilizou as verbas para tal. Esta facilidade é em particular a menina dos olhos da coordenação deste primeiro triênio, pois foi também a conquista mais sofrida, junto com criação e a garantia do prédio do DEBIO no ICEB III, uma conquista especial da Prof. Raquel Machado enquanto Diretora do ICEB.
Temos várias outras conquistas desta natureza. Temos diversos equipamentos novos vindos da UFOP e o “Determinador elementar de Carbono, Hidrogênio e Nitrogênio – Truspec (adquirido com verba Pró-Equipamento)”, brilhantemente conseguido pela Profa. Alessandra no último edital pró-equipamentos.
Falando em Profa. Alessandra, temos dado aula até para alemães e outras 3-4 colaborações internacionais que muitas portas abrirão para o grupo se trabalharmos de maneira coesa e colaborativa.
Disto surgiu a conversão de um tradicional Simpósio nacional em um Primeiro Simpósio Bi-nacional (mas com 07 países representados!). Foi o XIX Simpósio de Mirmecologia/I Simpósio Franco-Brasileiro de Mirmecologia, atividade da UFOP que trouxe gente como Pierre Jaisson (Representante do COFICUB-CAPES) entre outros grandes nomes da Mirmecologia setentrional (América do Sul e Austrália) e Européia.
Também temos muito que fazer. Eventualmente, e mais que tudo, temos que publicar demais! Temos atividades, diversidade, ações positivas, um departamento novinho em folha, alunos defendendo no prazo (a maioria) e a maioria com bolsas! E somo invejados por este último quesito.
Meu relato para aqui, e minha dedicação ao curso segue na coordenação dos cursos de campo e no laboratório, orientando meus alunos e cada um que precisar de estatística e inglês! Meus agradecimentos eu já fiz, mas reforço minha gratidão pelo apoio e confiança que depositaram em mim neste período. Certo que mais errei que acertei, faço-me a disposição para ajudar com quem resolver dar continuidade ao programa!